domingo, 28 de fevereiro de 2010

Jovens Agentes Educativos




Ação Educativa seleciona jovens agentes educativos.

Em janeiro de 2010 a Ação Educativa dará início à formação de moças e rapazes interessados em discutir e defender os direitos educativos da juventude. O curso, com duração de seis meses, tem por objetivo capacitar jovens que queiram se tornar mobilizadores na discussão e problematização da educação escolar, em especial no ensino médio.

A iniciativa é mais uma estratégia do projeto Jovens Agentes pelo Direito à Educação (JADE), que desde 2007, em parceria com jovens e escolas públicas, vem discutindo os rumos do ensino médio tendo em vista a construção de propostas mais sintonizadas com a realidade dos jovens.

Esta será a segunda turma formada pelo projeto. Na primeira edição, 20 participantes dedicaram-se a uma formação intensiva sobre educação no Brasil, os sentidos do ensino médio, estratégias de mobilização e construção de propostas visando a efetivação do direito à educação. Junto com a equipe da Ação Educativa e com professores de cinco escolas públicas, eles também produziram a pesquisa Que Ensino Médio Queremos e realizaram experiências de orientação profissional com jovens.

Os candidatos para a nova turma do projeto devem residir na Zona Leste de São Paulo, possuir idade entre 17 e 22 anos, serem estudantes do ensino médio ou já tê-lo concluído. Além disso, é desejável que tenham alguma experiência com ações comunitárias, culturais e/ou sociais. As atividades de formação ocorrerão duas vezes por semana, entre 14h e 18h, na sede da Ação Educativa.


Jade - Jovens Agentes pelo Direito à Educação

O projeto teve como objetivo a elaboração de diretrizes para políticas públicas de educação em escolas de ensino médio a partir de processos de diálogo entre estudantes e seus familiares, professores de escolas públicas, diretores, funcionários, integrantes da comunidade, agentes governamentais e da sociedade civil.


Realizou-se uma pesquisa de opinião com amostragem junto aos estudantes de cinco escolas estaduais parceiras do projeto, visando traçar um perfil objetivo destes alunos, bem como conhecer suas visões e opiniões sobre a escola, e o sentido que o ensino médio assume no delineamento de seus projetos de vida.

Além da pesquisa quantitativa, foram realizados grupos de diálogo nas cinco escolas parceiras, inspirados na metodologia dos “choicework”( “Dialogue” – esta em que a opinião não é formada individualmente, mas na interação (no diálogo)., utilizada no Canadá para estabelecer um canal de comunicação e de consulta pública do Estado junto aos cidadãos, como um dos âmbitos da tomada de decisão política. Ao todo, formaram-se oito grupos de diálogo: seis compostos exclusivamente por estudantes (um grupo por escola), e dois grupos mistos, integrando professores, direção escolar, coordenação pedagógica, funcionários, familiares dos alunos, representantes da comunidade, dirigentes estaduais de ensino e gestores.

Para articular este processo de mobilização das escolas, foram capacitados 20 jovens ligados às escolas parceiras (alunos, ex-alunos e/ou jovens da comunidade) como agentes educativos, a partir de um programa experimental de formação.

Seleção dos Jovens 14 jovens para 2010 e lista de espera)
Atividade em grupo
19/11 e 20/11 às 14h00
Entrevistas
23/11, 25/11 e 26/11
Resultado Final
27 e 30/11
1° Encontro com novo grupo de jovens
08/12 às 14 h00
2° Encontro com novo grupo de jovens
15/12 às 14h00


Pesquisas Conhecimento rigoroso e informação qualificada são ferramentas essenciais para que a sociedade civil possa exercer o controle cidadão das políticas educacionais e agir em favor da educação de qualidade para todos.

Por esse motivo, Ação Educativa se dedica a atividades de pesquisa, avaliação e monitoramento de políticas educacionais.

Dentre os campos de investigação privilegiados pela organização, inscrevem-se as políticas públicas de educação de jovens e adultos, os estudos sobre alfabetismo, a análise do impacto das orientações dos organismos multilaterais nas políticas educacionais, o financiamento do ensino, a eqüidade em educação, com ênfase na análise dos fatores geracionais, étnico-raciais e territoriais.
Confira os estudos em andamento na JADE:.


Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF)
O Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF) é uma pesquisa anual realizada pela Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro. Desde 2001, o INAF faz uma amostra da população brasileira entre 15 e 67 anos de idade sobre habilidades de leitura, escrita e cálculo aplicadas a atividades cotidianas.


Metodologias para a promoção da igualdade racial na escola: as experiências brasileira e de outros países
Resumo: O objetivo do estudo é abordar os diferentes caminhos metodológicos desenvolvidos para a construção da promoção da igualdade racial na escola, em especial, no Brasil, França, EUA e África do Sul. Além do estudo documental, esta pesquisa também prevê a construção de uma metodologia de sensibilização para a promoção da igualdade racial no ambiente escolar. Esta construção é realizada a partir das experiências de metodologia participativas da Ação Educativa e é desenvolvida em parceria com a comunidade escolar de 4 escolas (identificadas pela pesquisa como piloto) do município de São Paulo. O desenvolvimento e os resultados da pesquisa devem permitir a construção de indicadores de igualdade racial em educação.

Educação não escolar de adultos: o estado da arte
Resumo: Levantamento e análise documental dos trabalhos realizados no campo da educação não escolar voltada aos jovens e adultos. Este vasto campo é também denominado, entre outros, por Educação Popular, Educação Não Formal, Educação Continuada, Educação Permanente. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, nos moldes Estado da Arte, que pretende, num recorte temporal definido sistematizar esse campo de conhecimento, reconhecendo os principais resultados da investigação, identificando temáticas e abordagens dominantes e emergentes, bem como lacunas e campos inexplorados, abertos à pesquisa futura.

Educação não escolar de adultos: um balanço da produção de conhecimentos
Resumo: Diretamente ligado à pesquisa Educação não escolar de adultos: o estado da arte, este projeto visa à construção e a manutenção de uma biblioteca digital para acesso livre da produção discente na temática educação não escolar de adultos. Para tanto foi utilizado o Dspace, software livre, baseado na filosofia de democratização do acesso ao conhecimento.

Educação e Exclusão em São Paulo Resumo: A pesquisa está sendo desenvolvida com base no estudo Educação e Exclusão no Brasil. O ponto de partida foi a construção de uma base de dados sobre a realidade educacional do município de São Paulo. Foi elaborada a contextualização política e histórica de São Paulo e analisado o perfil populacional e de ocupação geográfica relacionado ao desenvolvimento das políticas de educação no município. O estudo também busca tecer um panorama geral da ação em educação do poder público municipal e estadual na cidade de São Paulo. Para tanto foram definidos seis eixos principais a partir dos quais são direcionados o olhar para as políticas de educação nas gestões municipais e estaduais nos últimos dez anos. Os eixos são: 1. Re-organização da rede municipal de ensino - Pedagógica e Administrativa; 2. Profissionais da educação - planos de carreira e formação continuada; 3. Políticas de enfrentamento da desigualdade; 4. Condições de financiamento da educação; 5. O lugar da unidade escolar nas políticas de educação; 6. O papel da participação da população / sociedade civil – a ajuda da comunidade x conselhos de controle social. O estudo é concluído apontando contribuições para o processo de construção participativa do Plano de Educação da Cidade de São Paulo que será implementado em 2009.

O Direito Humano à Educação no Sistema Prisional Brasileiro
Resumo: O relatório apresenta o resultado da missão em andamento da Relatoria Nacional para o Direito Humano à Educação a unidades prisionais de quatro estados brasileiros: Recife, São Paulo, Porto Alegre e Belém. O relatório está sendo desenvolvido por meio de visitas, de entrevistas com educadores(as), pessoas privadas de liberdade, agentes penitenciários e autoridades de seguranças pública e de educação, além de audiências públicas realizadas em parceria com o Ministério Público. O relatório será entregue no dia 25 de março ao Congresso Nacional e encaminhado às instâncias internacionais. Fará parte do informe anual 2009 do Relator Especial da ONU, Vernor Munoz, sobre educação prisional no mundo.


Referência:
http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=2004&Itemid=2, acesso em 12/11/2009

Pontos Positivos: A elaboração de diretrizes para políticas públicas de educação nestas escolas de ensino médio, ocorre a partir de processos de diálogo entre estudantes e seus familiares, professores de escolas públicas, diretores, funcionários, integrantes da comunidade, agentes governamentais e da sociedade civil.
Acredito que em nossa cidade este projeto poderia ser empregado da mesma forma que em São Paulo. Pois o projeto da Ação Educativa se dedica à atividades de pesquisa, avaliação e monitoramento de políticas educacionais desenvolvendo nos alunos tais capacidades e uma visão crítica porém construtiva daquilo que faz parte do meio em que esta situado, colaborando para o desenvolvimento cidadania, da individualidade e proporcionando a união entre adaptação e práticas pautadas na conscientização e na espontaneidade.
Pontos Negativos: Uma questão que não consegui visualizar nesse projeto foi o envolvimento das Secretarias de Educação dando um suporte oficializado para os que estão envolvidos.
Os horários das atividades como do projeto em si, dentro da nossa realidade deve acontecer com uma outra opção para os alunos que trabalham durante o dia e estudam à noite; talvez num horário no final de semana, ou até mesmo se de comum acordo com a SME num horário de aula onde este projeto possa estar inserido dentro de alguma área/disciplina que abranja tal objetivo tão importante para esses jovens/adultos interessados em dedicar-se nesta privilegiada investigação das políticas públicas.

Violência escolar



A preocupação com a violência no ambiente escolar, segundo Sposito (2001), emergiua partir da década de 1980, ou seja, parece que a preocupação com a barbárie e o compromisso com uma educação contra a violência são ainda muito recentes no Brasil - apenas 26 anos. Segundo Sposito (2001), o estudo da violência escolar parte da análise das depredações e danos aos prédios escolares e chega ao final da década de 1990 e início dos anos 2000 com o estudo das relações interpessoais agressivas, envolvendo alunos, professores e outros agentes da comunidade escolar. Segundo Martins (2005), vários são os conceitos existentes que envolvem a violência na escola, além dos citados, tais como conduta anti-social, distúrbio de conduta e bullying.
Martins (2005) identifica o bullying em três grandes tipos:Diretos e físicos, que inclui agressões físicas, roubar ou estragar objetos dos colegas, extorsão de dinheiro, forçar comportamentos sexuais, obrigar a realização de atividades servis, ou a ameaça desses itens; diretos e verbais, que incluem insultar, apelidar, "tirar sarro", fazer comentários racistas ou que digam respeito a qualquer diferença no outro; e indiretos que incluem a exclusão sistemática de uma pessoa, realização de fofocas e boatos, ameaçar de exclusão do grupo com o objetivo de obter algum favorecimento, ou, de forma geral, manipular a vida social do colega. Lopes Neto (2005) alerta para um novo modo de intimidação, chamada cyberbullying, que na verdade é a utilização da tecnologia da comunicação (celulares e internet, por exemplo) para a realização desta violência.
A educação atual não avança em modelos ideais de um indivíduo autônomo e emancipado conforme as concepções kantianas, mas explicita as relações de heteronomia estabelecidas no mundo para além dos muros escolares. Porém é esta idéia de emancipação que precisa ser inserida no pensamento e na prática educacionais, na mão contrária à mera transmissão de conhecimentos e à simples modelagem de pessoas, já que ninguém tem o direito de modelar alguém a partir de seu exterior - seja para o bem ou para o mal alguém não pode decidir pelo outro como deve ou não agir. Pensamento e prática educacionais devem estar na direção de produzir uma consciência verdadeira, em que as ações possam ser de fato frutos da razão daqueles que, emancipados, tornam-se capazes de tomar as rédeas das esferas pública e privada de suas próprias vidas (Adorno, 1971/2003).
O ideal seria um modelo de adaptação que não permitisse ao mesmo tempo a perda de individualidade e proporcionasse a união entre adaptação e resistência pautadas na conscientização e na espontaneidade.
A educação deve ser postulada para a recuperação da capacidade de experienciar nas diversas relações sociais vividas.
Assim as construções sociológicas, políticas, econômicas, ideológicas, talvez possa pensar numa outra forma de educação que não a regida pelos imperativos que impedem a emancipação ao forçar a repressão e a adaptação, uma outra forma de educação que não seja ela própria barbárie

Educação Ambiental


CURSO: CURSO EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA – UNESP-SECAD-UAB
PROF(A). RESPONSÁVEL: Elisandra Maranhe
TUTOR(A): Hugo L. Nascimento e Letícia Batagello
ALUNO(A):Érika Donisete Sartóri Timóteo e Carine Daniela de Paula Luz
GRUPO: D
POLO:São José do Rio Preto.

O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL?
A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania.
VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que:
A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital;
As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência;
É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.
A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo. Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais.
Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de intervenção.
Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, o método utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver os projetos e os cursos capacitação de professores conjuga os princípios gerais básicos da Educação Ambiental (Smith, apud Sato, 1995).

Princípios gerais da Educação Ambiental:
* Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;
*Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;
*Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;
* Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;
*Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.
A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.
Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se devem em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais. Elas não estão e não foram preparadas para delimitar e resolver de um modo eficaz os problemas concretos do seu ambiente imediato, isto porque, a educação para o ambiente como abordagem didática ou pedagógica, apenas aparece nos anos 80. A partir desta data os alunos têm a possibilidade de tomarem consciência das situações que acarretam problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em geral, refletindo sobre as suas causas e determinarem os meios ou as ações apropriadas na tentativa de resolvê-los.
As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:
"Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam”.
Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta. Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.
Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos programáticos lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de consciência, tornando-se, mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.

PROJETO HORTA NA ESCOLA


O projeto justifica-se pelo fato de coexistirem no Brasil, a fome, a desnutrição, as deficiências de micro nutrientes e as enfermidades produzidas por alimentação excessiva ou inadequada.
Nesse contexto, o Projeto Horta Escolar foi concebido com a finalidade de intervir na cultura alimentar e nutricional dos escolares, com base no entendimento de que é possível promover a educação integral de crianças das escolas e comunidades do seu entorno, por meio das hortas escolares incorporando a alimentação nutritiva, saudável e ambientalmente sustentável como eixo gerador da prática pedagógica.
Com este Projeto Favorece-se:
* Estímulo à Inserção da educação alimentar e nutricional no currículo escolar e no cotidiano da prática educacional dos sistemas e redes de ensino;
* Favorecimento da mudança do hábito alimentar dos escolares;
* Respeito à diversidade cultural e à preferência alimentar local do município;
* Estímulo a uma real participação da sociedade civil no acompanhamento da execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar;
* Melhoria da qualidade da educação nas escolas envolvidas e nas demais escolas do município por meio das formações coletivas de professores.
OBJETIVO GERAL:
Formar formadores municipais nas áreas de Educação, Meio Ambiente/Horta e Nutrição, para organização, implantação e desenvolvimento do Projeto no município, com vistas à melhoria da qualidade de alimentação, do meio ambiente e do corrículo escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Promover estudos, pesquisas, debates e atividades sobre as questões ambiental, alimentar e nutricional;
Oportunizar trabalhos escolares dinâmicos, participativos, prazerosos, inter e transdisciplinares;
Estimular descobertas e inovações tecnológicas na escola;
Gerar aprendizagens múltiplas;
Integrar os diversos profissionais da escola por meio de estudos e pesquisas sobre o tema currículo escolar;
Oportunizar a participação da comunidade nas atividades escolares;
Propiciar o comprometimento dos educandos com o ambiente e a saúde comunitária;
Reeducar e estimular um estilo de alimentação saudável;
Gerar relações interpessoais mais respeitosas das individualidades e diversidades, além de práticas humanas mais cooperativas, solidárias e fraternas.
METODOLOGIA DO PROJETO
A horta escolar permite uma outra dinâmica para o projeto político-pedagógico da escola. O papel do professor e da professora no projeto é identificar sua realidade por meio de pesquisas e estudos, dispor-se a planejar coletivamente a partir dessa realidade e colocar em ação práticas pedagógicas alternativas, com conteúdos articulados e significativos para todos, de uma maneira mais atraente, mais eficiente e mais prazerosa.
Pelo Projeto Horta Escolar, os professores, de todas as áreas e níveis de ensino, desenvolvem atividades de forma lúdica, interessante e criativa junto com seus alunos. Sabemos que criatividade é uma marca reconhecida dos e pelos professores brasileiros.
Quando pensamos em uma sala de aula e em uma escola dinâmica, com muitas alternativas, não estamos falando de “megametodologias”, mas de atividades simples, variadas, que foquem a pesquisa, a descoberta, que privilegiem o trabalho em grupo, a construção e o relato socializador de conhecimentos. São métodos que podem, inclusive, serem planejados com a turma.
MATERIAL DIDÁTICO
Promover o estudo e o debate acerca das questões fundamentais relativas à função social da escola, do currículo, do professor e das metodologias na busca de uma educação de qualidade e da formação de pessoas mais conscientes, responsáveis, éticas e instrumentalizadas para a vida em sua geração. É indicado para momentos individuais ou coletivos de estudos e análises e tem por finalidade instrumentalizar os professores, para que, além de desempenhar bem as atividades pedagógicas junto à horta, eles tenham clareza da complexidade e das inúmeras implicações sociais de sua ação profissional.

REFERÊNCIAS
-Unidade 1 modulo 4;
-http://www.apromac.org.br/ea005.htm texto e figura
-http://www.educandocomahorta.org.br/
-http://www.escolamundoencantado.com.br/
http://www.penapolis.sp.gov.br/ftp/100anos/site100/educacaomunicipal/em/foto0031.gif

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Caracteristicas dos Direitos Humanos

CURSO: CURSO EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA – UNESP-SECAD-UAB
PROF(A). RESPONSÁVEL: Elisandra Maranhe
TUTOR(A): Hugo Leandro Nascimento
ALUNAS: Cláudia Chiavegatti Sampaio Corrêa
Érika Donisete Sartóri Timóteo
Érika Volpe Marangoni Salomão
Fabiana Semenzin de Andrade
Giuliany Nascimento
GRUPO:D2 POLO:São José do Rio Preto

MÓDULO 2- UNIDADE 2
AT-2– Elaborem um texto em grupo caracterizando os direitos humanos, distinguindo as duas gerações de direitos e a interdependência entre eles.
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
Segundo o autor Wagner Rocha D’Angelis na atualidade, quase no limiar do século XXI, costuma-se distinguir os Direitos Humanos em dois níveis iniciais: a) os direitos de 1ª geração, relativos ao princípio da liberdade, que são os direitos civis e políticos que traduzem idéias neoliberais de individualismo; b) os direitos de 2ª geração, inerentes ao princípio da igualdade, que são os direitos econômicos, sociais e culturais traduzindo uma idéia de coletividade, com uma tendência de pensamento progressista.
Assembléia Geral aprovou, em 16 de dezembro de 1968, o “Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais” (juntamente com o “Pacto de Direitos Civis e Políticos”), e que consagrou a 2ª geração dos direitos humanos, pertinentes ao princípio da igualdade atribuindo-se ao Estado o dever de possibilitar amplamente os recursos devidos à satisfação de tais direitos econômicos, sociais e culturais.
A primeira dimensão de Direitos tem seu marco na Revolução Francesa, em
1789 com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. O homem desejava liberdade para assim ser titular de seus direitos frente ao Estado. Há, portanto, um caráter emancipatório, de ruptura entre individuo e Estado, no qual este é apenas mero fiscalizador dos direitos civis e políticos conquistados.
Na segunda dimensão de Direitos, o homem reclama uma nova forma de
proteção que lhe assegure garantias mínimas necessárias para a sua dignidade. O Estado passa então a garantir a efetividade dos direitos, através da positivação por meio de Constituições de cunho socialista. São reclamados, neste momento, direitos sociais, econômicos e culturais, isto é, busca-se a igualdade.
Na terceira dimensão de direitos está em voga à essência do ser humano que
não está relacionado apenas com seu território geopolítico, com necessidades que ultrapassam seu país. Fala-se, atualmente, em uma suposta quarta dimensão de Direitos, que é mais especifica e está relacionada à globalização dos Direitos Humanos. Relaciona-se aqui o direito a democracia, direito ao pluralismo e o direito
a informação.
“Sendo indivisíveis os direitos do homem e as liberdades fundamentais, o gozo completo dos direitos civis e políticos são impossíveis sem o gozo dos direitos econômicos, sociais e culturais. Os progressos duráveis através da aplicação dos direitos do homem supõem uma política nacional e internacional racional e eficaz de desenvolvimento econômico e social”.
Se for certo que os direitos ligados ao princípio da liberdade, constituem felizmente, uma reconquista inigualável do Brasil de nossos dias, é também cristalino que só a liberdade não é suficiente para assegurar ao país a plenitude do Estado Democrático de Direito. Trabalhar para a eficácia de todos os direitos humanos é a tarefa que nos impõem o momento e a conjuntura nacional.
A Declaração Universal nos alerta que o exercício da cidadania também é um dever de cada um de nós com a construção de um país que assegure a cada pessoa o alcance dos direitos humanos em sua plenitude.
A interdependência entre as duas gerações, na verdade é a necessidade do comprometimento com a felicidade coletiva, sendo assim considerado um projeto político de educação em direitos humanos e quanto mais pessoas estiverem comprometidas, melhor para todos, seja em qualquer ambiente: escolar, comunidade e sociedade em geral.
Quando falamos em Direitos Humanos, não estamos simplesmente elencando o que rege a legislação, mas sim o que diz respeito à dignidade da pessoa como ser humano, o respeito a todos os tipos de diferenças: religiosa, política, de etnias, gêneros e principalmente o amor ao próximo, se torna condição fundamental para que se introduzam conceitos de paz.
Os países se diferenciam pela predominância da cultura em que surgem os variados motivos para discussões sobre desigualdade e consequentemente no que se refere a direitos humanos. No Brasil, a partir de 1964, começaram os movimentos a favor dos valores sociais devido ao Golpe Militar e o regime de ditadura que trouxe punições severas , incluindo práticas de tortura para aqueles que não compartilhavam da mesma opinião política. Atualmente na sociedade moderna existe uma diferenciação interna que divide os preceitos de desigualdade e a maior consequência de atos preconceituosos e discriminatórios em nosso país, ocorre por conta de uma ambiguidade em relação aos direitos humanos, diretamente relacionado ao fator sócio-econômico.
As classes sociais menos favorecidas são marginalizadas simplesmente pelo fato de serem desprivilegiadas financeiramente. A ideia equivocada de que o crime está associado a pobreza, segregam pessoas e limitam o desenvolvimento do país.
É preciso trabalhar para que as diferenças não se convertam em desigualdades, pois todo ato que beneficia um em detrimento de outro não é considerado ético; e fundamentalmente atos éticos são aqueles que favorecem ambas as partes.
Pessoas que se consideram superiores, por uma posição social ou financeira contribuem para a prática de discriminação e desentendimento. Não respeitar diversidade sobre qualquer aspecto, gênero, crenças religiosas, descrença ou qualquer tipo de pensamentos desencadeiam atos de violência e violam a lei dos homens. Respeitar diferenças é acima de tudo trabalhar pela paz. Para isso é necessário uma transformação social.
Segundo Dalmo de Abreu Dallari, pro. º da Faculdade de Direito da USP, o Brasil pode ser considerado sociedade a partir do golpe militar de 1964, quando tivemos a noção da totalidade dos atos violentos, já que os Direitos Humanos são o valor da dignidade humana, pautados em liberdade, igualdade e solidariedade.
Daí a importância de uma Educação pautada em Direitos Humanos, para que desde a infância seja interiorizado pela pessoa humana os valores da igualdade, liberdade e solidariedade.
Referência :
- http://www.codic.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=15 .Acesso em 14/10/09
- Declaração Universal dos Direitos Humanos
- Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: 26 de agosto de 1789


Érika Donisete Sartóri Timóteo

Diversidade Cultural



CURSO: CURSO EDUCAÇÃO PARA DIVERSIDADE E CIDADANIA – UNESP-SECAD-UAB
PROF(A). RESPONSÁVEL: Elisandra Maranhe
TUTOR(A): Hugo L. Nascimento e Letícia Batagello
ALUNO(A):Érika Donisete Sartóri Timóteo
GRUPO: D
POLO:São José do Rio Preto.


MÓDULO 2- UNIDADE 1

AT- 3- Escolha um dos conceitos estudados nesta unidade, que confrontou com seu modo de pensar. Faça um texto comentando a oposição de ideias, com argumentos a favor da sua posição ou a favor de uma mudança sua sobre o assunto.
O trecho a seguir me fez ver algumas de minhas práticas docentes de forma mais crítica: “Muitas vezes, na escola, as atividades – com objetivo de estimular a percepção da diversidade cultural- restringem-se a exposições estereotipadas de culturas diferentes, como festas folclóricas com danças, comidas típicas e artesanatos. Apenas essas práticas não são suficientes para estimular a convivência na diversidade. Com o passar dos anos, tais manifestações culturais, vão se tornando cada vez mais caricaturadas pois não possuem o espírito da cultura, mas somente seus ornamentos superficiais”.
Hoje, escancara-se na tela da televisão e do computador a pluralidade de pensamento e expressões humanas. A cada dia parece multiplicarem-se as culturas, as religiões, os costumes alimentares, as formas de relacionamento amoroso e de constituição dos grupos familiares. Das grandes cidades do mundo nos vêm imagens de convivência e confronto entre etnias diversas e desfilam diante de nossos olhos arregalados diferentes identidades corporais, resistindo ao esforço de padronização da beleza.
Tal realidade abala a vivência cotidiana daqueles modelos metafísicos de comportamento que determinavam os valores morais e os princípios éticos. A educação centrada no respeito e boa convivência com o semelhante a nós mesmos soa cada vez mais estranha num mundo em que nosso próximo é diferente de nós.
Há uma interdependência entre alguns aspectos da diversidade cultural e a desigualdade social, em especial, nas realidades sociais aviltantes como a da América Latina. Neste caso, tratar separadamente desigualdade e diversidade é, muitas vezes, propósito ideológico visando naturalizar a primeira e folclorizar a segunda. Para que isso não ocorra é preciso abordar tais questões sempre no chão da história. Com ela perceberemos que muito da diversidade entre os povos e grupos humanos tem uma história marcada pela dominação e exploração. Pensar a diversidade étnica e cultural historicamente significa, portanto, compreendê-las como dinâmicas, mutáveis e não como naturais e fixas.
As práticas pedagógicas devem favorecer não apenas mudanças pessoais de abertura e sensibilidade para com a alteridade, mas também alimentem sonhos coletivos de transformações sociais das estruturas geradoras das desigualdades sócio-econômicas (e as culturais decorrentes), que impedem a concretização de uma democracia igualitária em nosso país.
A realidade atual exige este compromisso do educador.
É de suma importância, observar a diversidade cultural no espaço educativo e sua relação com a escola e a sociedade. Esse é um dos principais papéis da educação: compreender o indivíduo dentro e fora da escola, conhecendo sua cultura, expectativas e prioridades educacionais (FONSECA; MOURA, 2005).
Segundo Dayrell (1996), uma abordagem intercultural representa não somente por razões pedagógicas, mas principalmente por motivos sociais, políticos, ideológicos e culturais. Nesse contexto, a transformação da cultura escolar dominante nos sistemas de ensino se faz urgente, apontando caminhos para incorporar efetivamente a diversidade cultural no cotidiano escolar.
Na Educação Básica, por exemplo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1996), elaborados pelo Ministério de Educação e do Desporto, propõem como um dos temas transversais a pluralidade cultural.
Tratar da diversidade cultural brasileira, reconhecendo-a e valorizando-a e da superação das discriminações aqui existentes é atuar sobre uns dos mecanismos de exclusão, tarefa necessária, ainda que insuficiente, para caminhar na direção de uma sociedade mais democrática. (p.4).
Nessa perspectiva, uma prática pedagógica (ação docente) que atue promovendo a intercultura, busca a relação entre sujeitos e grupos diferentes, promovendo a integração das diferentes concepções de mundo, valorizando diferentes visões da sociedade. Podemos dizer: procura-se praticar uma educação que promova e garanta o direito à diversidade, demonstrando o quanto se ganha quando os diferentes se encontram e dialogam.
O perfil do educador ao lidar com essa atividade pedagógica, pressupõe dinamismo, envolvimento, projetos e pesquisas. Isso porque o profissional da educação serve-se de um leque de atuações sugeridas pelos estudos dirigidos, cuja seleção demanda análises e estudos mais fundamentados. Entretanto, antes de empregá-las em sala de aula, o professor tem a tarefa de planejar o tempo escolar estimado, as regras e critérios e uma execução, em uníssono, com as diferenças multiculturais presentes no ambiente.
É imprescindível em uma atividade revestida de teor intercultural, estabelecer uma relação positiva para que crianças com visões preconceituosas e destorcidas possam modificar sua imagem negativa em relação à diversidade cultural existente em nosso país. Nesse sentido a interação pode demonstrar que aprender é uma dinâmica interessante e facilita a aquisição da autoconfiança e autonomia. Sendo assim, o educador deve incentivar o estudante a questionar e corrigir suas ações quando necessário, analisar e comparar diferentes pontos de vista e organizar os materiais utilizados (MARQUES, 2003)


Referências
CARDOSO, M. C.M 2, UNIDADE 1 - FUNDAMENTOS PARA EDUCAÇÃO NA DIVERSIDADE
CARDOSO, M. C. Coordenador projeto proposto pelo Núcleo Pela Tolerância do Departamento de Ciências Humanas, FAAC, UNESP-Bauru
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1996.
DAYRELL, J. A escola como espaço sócio-cultural; in: Dayrell, J. Múltiplos Olhares sobre educação e cultura. Belo Horizonte: UFMG,1996, pp. 266.
FONSECA, V. M.; AMARAL, R.L. Ação Docente e a Diversidade Humana. Londrina: Unopar, 2005, pp. 25.
MARQUES, M. O. Formação do profissional da educação. Ijuí: Unijuí, 2003.