
Ação Educativa seleciona jovens agentes educativos.
Em janeiro de 2010 a Ação Educativa dará início à formação de moças e rapazes interessados em discutir e defender os direitos educativos da juventude. O curso, com duração de seis meses, tem por objetivo capacitar jovens que queiram se tornar mobilizadores na discussão e problematização da educação escolar, em especial no ensino médio.
A iniciativa é mais uma estratégia do projeto Jovens Agentes pelo Direito à Educação (JADE), que desde 2007, em parceria com jovens e escolas públicas, vem discutindo os rumos do ensino médio tendo em vista a construção de propostas mais sintonizadas com a realidade dos jovens.
Esta será a segunda turma formada pelo projeto. Na primeira edição, 20 participantes dedicaram-se a uma formação intensiva sobre educação no Brasil, os sentidos do ensino médio, estratégias de mobilização e construção de propostas visando a efetivação do direito à educação. Junto com a equipe da Ação Educativa e com professores de cinco escolas públicas, eles também produziram a pesquisa Que Ensino Médio Queremos e realizaram experiências de orientação profissional com jovens.
Os candidatos para a nova turma do projeto devem residir na Zona Leste de São Paulo, possuir idade entre 17 e 22 anos, serem estudantes do ensino médio ou já tê-lo concluído. Além disso, é desejável que tenham alguma experiência com ações comunitárias, culturais e/ou sociais. As atividades de formação ocorrerão duas vezes por semana, entre 14h e 18h, na sede da Ação Educativa.
Jade - Jovens Agentes pelo Direito à Educação
O projeto teve como objetivo a elaboração de diretrizes para políticas públicas de educação em escolas de ensino médio a partir de processos de diálogo entre estudantes e seus familiares, professores de escolas públicas, diretores, funcionários, integrantes da comunidade, agentes governamentais e da sociedade civil.
Realizou-se uma pesquisa de opinião com amostragem junto aos estudantes de cinco escolas estaduais parceiras do projeto, visando traçar um perfil objetivo destes alunos, bem como conhecer suas visões e opiniões sobre a escola, e o sentido que o ensino médio assume no delineamento de seus projetos de vida.
Além da pesquisa quantitativa, foram realizados grupos de diálogo nas cinco escolas parceiras, inspirados na metodologia dos “choicework”( “Dialogue” – esta em que a opinião não é formada individualmente, mas na interação (no diálogo)., utilizada no Canadá para estabelecer um canal de comunicação e de consulta pública do Estado junto aos cidadãos, como um dos âmbitos da tomada de decisão política. Ao todo, formaram-se oito grupos de diálogo: seis compostos exclusivamente por estudantes (um grupo por escola), e dois grupos mistos, integrando professores, direção escolar, coordenação pedagógica, funcionários, familiares dos alunos, representantes da comunidade, dirigentes estaduais de ensino e gestores.
Para articular este processo de mobilização das escolas, foram capacitados 20 jovens ligados às escolas parceiras (alunos, ex-alunos e/ou jovens da comunidade) como agentes educativos, a partir de um programa experimental de formação.
Seleção dos Jovens 14 jovens para 2010 e lista de espera)
Atividade em grupo
19/11 e 20/11 às 14h00
Entrevistas
23/11, 25/11 e 26/11
Resultado Final
27 e 30/11
1° Encontro com novo grupo de jovens
08/12 às 14 h00
2° Encontro com novo grupo de jovens
15/12 às 14h00
Pesquisas Conhecimento rigoroso e informação qualificada são ferramentas essenciais para que a sociedade civil possa exercer o controle cidadão das políticas educacionais e agir em favor da educação de qualidade para todos.
Por esse motivo, Ação Educativa se dedica a atividades de pesquisa, avaliação e monitoramento de políticas educacionais.
Dentre os campos de investigação privilegiados pela organização, inscrevem-se as políticas públicas de educação de jovens e adultos, os estudos sobre alfabetismo, a análise do impacto das orientações dos organismos multilaterais nas políticas educacionais, o financiamento do ensino, a eqüidade em educação, com ênfase na análise dos fatores geracionais, étnico-raciais e territoriais.
Confira os estudos em andamento na JADE:.
Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF)
O Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF) é uma pesquisa anual realizada pela Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro. Desde 2001, o INAF faz uma amostra da população brasileira entre 15 e 67 anos de idade sobre habilidades de leitura, escrita e cálculo aplicadas a atividades cotidianas.
Metodologias para a promoção da igualdade racial na escola: as experiências brasileira e de outros países
Resumo: O objetivo do estudo é abordar os diferentes caminhos metodológicos desenvolvidos para a construção da promoção da igualdade racial na escola, em especial, no Brasil, França, EUA e África do Sul. Além do estudo documental, esta pesquisa também prevê a construção de uma metodologia de sensibilização para a promoção da igualdade racial no ambiente escolar. Esta construção é realizada a partir das experiências de metodologia participativas da Ação Educativa e é desenvolvida em parceria com a comunidade escolar de 4 escolas (identificadas pela pesquisa como piloto) do município de São Paulo. O desenvolvimento e os resultados da pesquisa devem permitir a construção de indicadores de igualdade racial em educação.
Educação não escolar de adultos: o estado da arte
Resumo: Levantamento e análise documental dos trabalhos realizados no campo da educação não escolar voltada aos jovens e adultos. Este vasto campo é também denominado, entre outros, por Educação Popular, Educação Não Formal, Educação Continuada, Educação Permanente. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, nos moldes Estado da Arte, que pretende, num recorte temporal definido sistematizar esse campo de conhecimento, reconhecendo os principais resultados da investigação, identificando temáticas e abordagens dominantes e emergentes, bem como lacunas e campos inexplorados, abertos à pesquisa futura.
Educação não escolar de adultos: um balanço da produção de conhecimentos
Resumo: Diretamente ligado à pesquisa Educação não escolar de adultos: o estado da arte, este projeto visa à construção e a manutenção de uma biblioteca digital para acesso livre da produção discente na temática educação não escolar de adultos. Para tanto foi utilizado o Dspace, software livre, baseado na filosofia de democratização do acesso ao conhecimento.
Educação e Exclusão em São Paulo Resumo: A pesquisa está sendo desenvolvida com base no estudo Educação e Exclusão no Brasil. O ponto de partida foi a construção de uma base de dados sobre a realidade educacional do município de São Paulo. Foi elaborada a contextualização política e histórica de São Paulo e analisado o perfil populacional e de ocupação geográfica relacionado ao desenvolvimento das políticas de educação no município. O estudo também busca tecer um panorama geral da ação em educação do poder público municipal e estadual na cidade de São Paulo. Para tanto foram definidos seis eixos principais a partir dos quais são direcionados o olhar para as políticas de educação nas gestões municipais e estaduais nos últimos dez anos. Os eixos são: 1. Re-organização da rede municipal de ensino - Pedagógica e Administrativa; 2. Profissionais da educação - planos de carreira e formação continuada; 3. Políticas de enfrentamento da desigualdade; 4. Condições de financiamento da educação; 5. O lugar da unidade escolar nas políticas de educação; 6. O papel da participação da população / sociedade civil – a ajuda da comunidade x conselhos de controle social. O estudo é concluído apontando contribuições para o processo de construção participativa do Plano de Educação da Cidade de São Paulo que será implementado em 2009.
O Direito Humano à Educação no Sistema Prisional Brasileiro
Resumo: O relatório apresenta o resultado da missão em andamento da Relatoria Nacional para o Direito Humano à Educação a unidades prisionais de quatro estados brasileiros: Recife, São Paulo, Porto Alegre e Belém. O relatório está sendo desenvolvido por meio de visitas, de entrevistas com educadores(as), pessoas privadas de liberdade, agentes penitenciários e autoridades de seguranças pública e de educação, além de audiências públicas realizadas em parceria com o Ministério Público. O relatório será entregue no dia 25 de março ao Congresso Nacional e encaminhado às instâncias internacionais. Fará parte do informe anual 2009 do Relator Especial da ONU, Vernor Munoz, sobre educação prisional no mundo.
Referência:
http://www.acaoeducativa.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=2004&Itemid=2, acesso em 12/11/2009
Pontos Positivos: A elaboração de diretrizes para políticas públicas de educação nestas escolas de ensino médio, ocorre a partir de processos de diálogo entre estudantes e seus familiares, professores de escolas públicas, diretores, funcionários, integrantes da comunidade, agentes governamentais e da sociedade civil.
Acredito que em nossa cidade este projeto poderia ser empregado da mesma forma que em São Paulo. Pois o projeto da Ação Educativa se dedica à atividades de pesquisa, avaliação e monitoramento de políticas educacionais desenvolvendo nos alunos tais capacidades e uma visão crítica porém construtiva daquilo que faz parte do meio em que esta situado, colaborando para o desenvolvimento cidadania, da individualidade e proporcionando a união entre adaptação e práticas pautadas na conscientização e na espontaneidade.
Pontos Negativos: Uma questão que não consegui visualizar nesse projeto foi o envolvimento das Secretarias de Educação dando um suporte oficializado para os que estão envolvidos.
Os horários das atividades como do projeto em si, dentro da nossa realidade deve acontecer com uma outra opção para os alunos que trabalham durante o dia e estudam à noite; talvez num horário no final de semana, ou até mesmo se de comum acordo com a SME num horário de aula onde este projeto possa estar inserido dentro de alguma área/disciplina que abranja tal objetivo tão importante para esses jovens/adultos interessados em dedicar-se nesta privilegiada investigação das políticas públicas.